Total de visualizações de página

terça-feira, 12 de novembro de 2013

E vou me revirando em minha própria cova...





Trapos, mulambos, garranchos,
rasuras, rabiscos, gravetos,
escamas da pele que sempre tive
mesmo antes de ter essa pele
que corre mundo,
que corre noites e dias,
cópias, fotografias,
sertões veredas, 
desertos submersos
na cartilagem
desse que colecinou 
punhados de palavras,
incontáveis sons,
suores e sabores

Sempre bem perto da terra,
fincado no céu,
na sola dos pés do ar,
na arte que o fogo bebeu

E vou me revirando
em minha própria cova...
de arame e sonhos,
de geleia de corações
e nuvens cor de rosa,
nuvens de chuva,
nuvens da providencia
espiritual,
do arco que arranca 
das trevas de um quase sem vida

    ( edu planchêz )

Nenhum comentário:

Postar um comentário